RISEUP4ROJAVA – ESMAGAR O FASCISMO TURCO
Dia Internacional de Ações:
Perturbar, Bloquear, Ocupar!
6 a 7 de setembro de 2019
Brasil, Itália, Alemanha, Grécia, Catalunha, Suécia, Reino Unido, Suíça e muitos outros países

Entre julho e agosto de 2019, o governo da Turquia anunciou que está pronto para invadir Rojava, território autônomo e autogerido no norte da Síria, para reacender a guerra civil no país. O presidente Erdoğan quer massacrar pessoas que derrotaram o grupo jihadista, terrorista e fascista conhecido como Estado Islâmico. Isso coloca em risco a vida de milhões de pessoas que lutam há anos em uma guerra pela liberdade e há séculos pelo direito de existir.

Enquanto o povo de Rojava e o nordeste da Síria continuam sua luta pela autodeterminação, pela libertação das mulheres e pela democracia de base e se defendem dos ataques de facções jihadistas e do Estado fascista da Turquia, representantes dos todos os outros governos hipócritas apertam as mãos de déspotas turcos.

Enquanto centenas de milhares de pessoas foram deslocadas de Afrin por bandos do Estado Islâmico apoiados pelo exército turco, esses jihadistas e suas famílias se assentaram nessas terras para explorar os recursos do povo. Eles estão vendendo o símbolo do território de Afrin – o azeite de oliva – passando pela Turquia para a Espanha e outros países europeus. Isto é o que o Estado turco realmente faz quando afirma estar assegurando sua fronteira: limpeza étnica e apoio a facções jihadistas atacando a população local.

Enquanto Ancara está forjando planos para liquidar a revolução do Curdistão e da Síria, as indústrias de armas europeia, russas e norte-americanas aumentam seus lucros diariamente. Este é um resultado direto da guerra no Oriente Médio e em todo o mundo. Não nos esquecemos do sofrimento do povo no Iêmen, na Palestina e em outros palcos de guerra. Os lucros obtidos custam milhões de vidas.

“Eu gostaria que houvesse movimentos nas metrópoles para atacar essa guerra e a torná-la impossível. Basta cortar seu apoio.” Escreveu a internacionalista alemã Andrea Wolf em 1º de maio de 1997 nas montanhas do Curdistão. Desde então, 22 anos se passaram. 22 anos em que inúmeras pessoas no Curdistão e na Turquia foram bombardeadas e executadas por armas da OTAN e dos países do Ocidente. 22 anos em que empresas como Rheinmetall, Lockhead Martin, Leonardo ou SAAB e bancos como o Credit Suisse e o Banco Alemão ganharam bilhões com a morte, a miséria e a aniquilação de pessoas. 22 anos em que o exército turco continua a disparar e a OTAN e as nações ocidentais fornecem munições. A população do Curdistão e do nordeste da Síria continuará a responder a esses ataques com resistência e coesão. Ocuparemos, perturbaremos e bloquearemos os lugares de colaboração militar, diplomática e econômica com o fascismo turco em nossos países.

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